TI Rio deu início no dia 07/08/2012 a um ciclo de debates com os candidatos à Prefeitura do Rio. O 1º encontro foi com Aspásia Camargo (PV).
A Aspásia foi convidada para um Café da Manhã para debater ao setor. Foram apresentadas as dificuldades da TI carioca como: redução do ISS, parcerias entre o governo e empresas, qualificação de jovens etc.
Moína Produções esteve presente com 15 profissionais para apoio técnico.
A candidata do PV à prefeitura do Rio, Aspásia Camargo, não poupou críticas ao governo municipal durante encontro com empresários do setor de Informática e Tecnologia da Informação (TI) na manhã desta terça-feira (7).
Aspásia saiu em defesa de uma "economia contagiante e moderna" e disparou: "as elites que nos governam não ligam para a economia". A concorrente verde disse que o prefeito de uma cidade como o Rio precisa de senso de modernidade:
"prefeito não pode ser síndico, tem que ser líder, ter ousadia. Ousadia, pra mim, passa por investir em Tecnologia da Informação".
Mesmo afirmando reconhecer os investimentos feitos na cidade nos últimos anos, a deputada estadual, disse que, no Rio, "se você não é amigo do rei você se dá mal, ser perseguido, o fiscal vai ser cruel com você… Isso aqui é Dom João VI", ao responder questionamento de empresários do setor sobre informatização dos órgãos públicos.
Unanimidade de Paes
Com 2% de intenções de votos, segundo a última pesquisa Ibope, a concorrente do PV afirma ter um papel civilizatório na campanha eleitoral. E desafia os levantamentos que colocariam o prefeito Paes como uma espécie de unanimidade carioca, dizendo ter informações extraoficiais de pesquisas qualitativas. "Vou fazer uma inconfidência aqui: ele não tem essa unanimidade toda não, viu?", avisou.
Sobraram críticas, também, à forma com que estão sendo tocadas as obras do Maracanã para a Copa de 2014. "Temos investimento de R$ 800 milhões pro Maracanã para o estádio encolher em 20 mil lugares cada vez?"
Segundo ela, são essas instituições que ditam as regras sempre sobre as prefeituras, principalmente nos momentos de obras de vulto como as que acontecem no Brasil para a Copa e as Olimpíadas de 2016. "Meu papel é exigir dele (do prefeito) que seja, no mínimo, responsável (em relação aos ‘desmandos’ destes grupos)", disse.
No encontro com pequenos e médios empresários do setor de Informática, a candidata ouviu sugestões de investimentos na área. Além da redução do ISS e dos impostos no geral, eles cobram a informatização de redes de Saúde e de Ensino. O que poderia, segundo os empresários, passar pelo uso inteligente das inovações que a TI proporciona aos negócios.
"Rio perdeu a corrida para São Paulo"
Presente ao evento, o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do governo
estadual, Tito Ryff, foi além e arriscou dizer que o século XXI será o da "nova Revolução Industrial". Para Ryff, os investimentos estarão cada vez mais ligados, além da Tecnologia da Informação, a áreas como nanotecnologia, robótica
e engenharia genética.
Mesmo tentando costurar seu discurso com pontos conciliadores com o atual governo ("não posso hostilizar um prefeito que nos tirou da inércia"), Aspásia fez uma espécie de lamento: "O Rio perdeu a corrida para São Paulo. São Paulo já se tornou uma referência para a Ásia, para a Europa. Não podemos rivalizar com eles. Seria ridículo".
Seguindo nessa linha, a concorrente ainda suscitou os riscos de estagnação econômica grave. "Se bobear, a gente vira um balneário, como Nice (uma das mais importantes cidades turísticas da França). Eu não quero ser Nice".
O encontro com Aspásia Camargo foi o primeiro de uma série que será promovida pelo Sindicato das Empresas de Informática do Rio com os candidatos à corrida municipal. E Moína Produções esteve dando o apoio com suporte técnico para o evento.